Existir, Dias Comuns e Silêncios: a poesia visual de Thiago Colares

Na vida real, nem sempre há grandes acontecimentos. Muitas vezes, o que permanece são as entrelinhas — o gesto repetido do café pela manhã, o silêncio entre uma fala e outra, a pausa que não precisa explicar por que veio. É nesse território do cotidiano que habitam Existir, Dias Comuns e Silêncios, três pinturas numeradas assinadas por Thiago Colares, em uma coleção que traduz o essencial com beleza e leveza.

Essas obras não são sobre fazer, mas sobre ser. Não gritam. Não correm. São como um alívio de ar fresco, um descanso para os olhos e um abraço discreto para a alma. Cada uma delas traz uma pequena frase escrita pelo próprio Thiago, como se fossem bilhetes deixados em cima da mesa — íntimos, reflexivos e silenciosamente potentes.

Um artista que escreve com imagens e desenha com palavras

Thiago nasceu em Montes Claros, no sertão norte-mineiro, e vive hoje em Florianópolis. Suas raízes em Minas, no cerrado e no semiárido, são mais do que referências geográficas: são forças que moldam seu olhar. “Minhas raízes profundas e sempre conectadas com a minha origem são determinantes para a minha forma de ver e interpretar o mundo”, conta.

Com formação em design e comunicação, Thiago não se considera artista no sentido tradicional — e talvez seja justamente por isso que sua arte toca com tanta naturalidade. Ele transita entre o design e a poesia, entre a simplicidade gráfica e a complexidade emocional do dia a dia. Suas criações nascem da observação do que é pequeno e essencial: uma xícara, uma palavra, uma janela entreaberta. É no ordinário que ele encontra sua matéria-prima.

A estética do tempo desacelerado

Em um mundo que valoriza a velocidade, Thiago escolhe caminhar devagar. E isso não é só uma escolha estética — é uma filosofia de vida. Sua arte reflete um tipo de tempo que não é medido em produtividade, mas em presença. Um tempo que escuta, que observa, que “bota reparo nas miudezas poéticas do dia a dia”, como ele mesmo diz.

Essa atenção ao tempo qualitativo está presente desde o início do processo criativo até a experiência final da pintura. Suas obras são feitas para serem vividas devagar. Não há urgência, não há performance. Há um convite gentil para que o próprio ritmo do dia seja redesenhado junto às cores.

Pinturas que não ilustram ideias — acolhem vivências

As três obras foram pensadas como fragmentos de um mesmo universo: o de quem respira fundo antes de começar o dia. Em Dias Comuns, a beleza está no que se repete; em Silêncios, no que não precisa ser dito; em Existir, no simples fato de estar aqui — inteiro, presente, sensível.

As composições gráficas são sutis, com cores que repousam no olhar e formas que se equilibram como poesias visuais. E cada frase incluída nas telas foi retirada dos textos autorais de Thiago, que costura palavras com a mesma delicadeza com que desenha. “Busquei o simples, o que nos é cotidiano, o óbvio que pode ser relembrado: os dias comuns, os silêncios, as pausas e a beleza da nossa existência", diz.

Pintar como quem se escuta

A proposta da Dear Friends, ao transformar essas obras em kits de pintura numerada é simples: permitir que você se reconecte com o agora. Pintar é uma pausa ativa — um tempo sem exigências externas, onde cada cor é uma respiração, cada pincelada uma escuta.

Para acompanhar esse momento, cocriamos com o Thiago uma playlist no Spotify que caminha junto com sua arte: canções que inspiram introspecção, presença e calma. Como as obras, a trilha é leve, cheia de alma e espaço.

Um convite à presença

A Dear Friends acredita que o real valor está na experiência — no tempo vivido, nas pausas conscientes, nos gestos intencionais. Essa coleção expressa com clareza esse propósito: não é sobre criar uma obra perfeita, mas sobre se permitir existir dentro dela.

Clique aqui para conhecer as pinturas por números Existir, Dias Comuns e Silêncios, e permita-se viver o agora com cor, calma e poesia. Para conhecer mais sobre a sua coleção, clique aqui.